DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS: BENTO XVI CONVIDA A MEDITAR SOBRE ETERNIDADE - Uma reflexão diferente do Halloween

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 29 de Outubro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI propôs meditar sobre a eternidade neste fim de semana, já que em 2 de Novembro se comemora o Dia dos Fiéis Defuntos.

Com sua proposta o Papa convidou a orientar a vida aos valores que não perecem, uma autêntica alternativa a muitas das festas de Halloween que acontecerão neste fim de semana.

Falando em esloveno, o pontífice explicou que «no próximo domingo, a Igreja convida a rezar pelos falecidos. Que sua lembrança nos leve a meditar sobre a eternidade, orientando nossa vida aos valores que não perecem».

No dia anterior, 1º de Novembro, a Igreja celebrará a solenidade de Todos os Santos. Esta festa, como todas as solenidades, começa na noite anterior. Por isso, a noite de 31 de Outubro se chama, em inglês, All hallow's eve (véspera de todos os santos). Mais tarde All hallow's eve abreviou-se para Halloween.

Mas, como as celebrações de um povo reflectem sua cultura e sua fé, Halloween deixou de ser uma festa cristã para converter-se em uma fantasia de bruxas e fantasmas.

Fonte:Zenit.org


Recolha de António Ferreira

O QUE É UM RETIRO ESPIRITUAL?

Sabe o que é um RETIRO ESPIRITUAL?
Já fez algum?
Não gostaria de fazer?
Aproveite o começo do ano lectivo para informar-se e marcar… AGORA…
não deixe para o fim do ano.

Os Retiros espirituais – nas suas diferentes modalidades – foram utilizados durante séculos pelos cristãos para melhorar a sua vida espiritual, e tornam-se agora particularmente necessários por estarmos imersos numa cultura caracterizada pela auto-suficiência e esquecimento de Deus.

Nesta página dá-se uma rápida explicação do que são e para que servem, com o fim de que muitas mais pessoas do que aquelas que até agora o fazem possam beneficiar deste esplêndido meio, tão prático e oportuno hoje em dia.

De que se trata?

Fazer uns dias de Retiro espiritual é uma maneira eficaz de se aproximar de Deus, uma boa oportunidade para se relacionar com Ele, com paz, com maior intensidade. Conhecê-l´O e conhecer-nos com a luz que Ele nos dá, de modo que esse conhecimento influa na nossa vida, melhorando-a, amando mais a Deus e ao próximo. Muitas vezes será o início de uma séria conversão.

Muitas vezes vamos pela vida como que a galope. Mais do que irmos nós próprios, trazem-nos e levam-nos as coisas, as situações, as circunstâncias. Sempre com pressa! Que estou a fazer com a minha vida? Para quem trabalho desta maneira?... Que o mundo se detenha por uns dias! Preciso de pensar!

Pois bem, em certo sentido um Retiro torna realidade esse "milagre".

A paz de uns dias de Retiro serve para pensar com calma no que é importante, e pôr um pouco de ordem nas ideias. Família, trabalho, vida cristã, amizades… Está cada coisa no seu sítio? Tenho de redimensionar algum aspecto da minha vida?

Solidão, sossego, silêncio, serenidade. Vida interior

Procurar a solidão é uma constante na história da espiritualidade, porque na solidão acontece com mais facilidade o encontro da alma com Deus.

"Começo sempre a rezar em silêncio, porque é no silêncio do coração que Deus fala. Deus é amigo do silêncio: necessitamos de escutar Deus porque o que importa não é o que nós Lhe dizemos mas sim o que Ele nos diz e nos transmite".
(Madre Teresa de Calcutá, "Caminho da sensatez").

Para ouvir a voz de Deus é necessário um ambiente apropriado. Um clima de silêncio, de recolhimento interior, que facilite o diálogo pessoal com Ele. Falar-Lhe e escutá-l´O. Isso é a oração. E, nesse ambiente, podemos perguntar-nos sobre o sentido da nossa vida, e perguntá-lo a Deus, que foi quem no-la deu.

Retiramo-nos alguns dias para um lugar solitário, para descobrir os valores do espírito e exercitá-los mais na nossa vida. Para aprofundar até chegar às raízes do que somos, da grandeza e dignidade de sermos e sabermo-nos filhos de Deus. Para meditar do nosso destino eterno.

Obstáculos e desculpas

Aparecerão constantemente obstáculos e desculpas "razoáveis" para atrasar ou não fazer um Retiro: "seria óptimo, reconheço-o, mas…", "não é que não queira fazê-lo, mas…". Sempre existirá algo urgente que nos impede de encontrar tempo para o que é importante. E uns dias de Retiro – procura fazê-lo todos os anos – são muito importantes para a tua vida. As maiores dificuldades são a preguiça, não querer rectificar e evitar enfrentar-se consigo próprio.
Pensa… Não sentes que à tua vida – tão cheia de certas coisas – lhe falta qualquer coisa? Queres mudar e não sabes como? Faz um Retiro.

Recolha de António Ferreira

BENTO XVI PÕE O MUNDO NAS MÃOS DE MARIA EM POMPEIA - Visita a cidade reconstruída das cinzas pelo beato Bartolo Longo

POMPEIA, domingo, 19 de Outubro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI pôs neste domingo o mundo nas mãos de Maria, ao visitar o Santuário de Pompeia, no sul da Itália.

Um dos momentos culminantes da décima segunda viagem pastoral à Itália foi vivido quando, após ter celebrado a eucaristia na praça do Santuário, dirigiu a Súplica a Nossa Senhora do Rosário, escrita pelo beato Bartolo Longo, em 1883.

«Piedade hoje imploramos pelas nações desencaminhadas, por toda Europa, por todo o mundo, para que, arrependido, volte a teu Coração. Misericórdia para todos, Mãe de Misericórdia», diz a oração.

Com palavras do beato, o Papa se dirigiu a Maria, dizendo: «Se tu não quisesses ajudar-nos, porque somos filhos ingratos e não merecemos teu amparo, não saberíamos a quem nos dirigir».

Na continuação, como gesto de amor filial, ofereceu a Nossa Senhora uma Rosa de Ouro.

O Papa, que chegou de helicóptero desde o Vaticano, foi acolhido às dez horas da manhã no Santuário por cerca de 50 mil fiéis em festa pela terceira visita de um sucessor de Pedro.

Pompeia foi destruída pela lava e a chuva de cinzas em 24 de Agosto do ano 79 d.C., durante a erupção do Vesúvio.

A nova Pompeia se erigiu 1796 anos depois, respondendo à promessa efectuada em 1872 pelo advogado leigo Bartolo Longo, de construir uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário.

O Santuário alberga uma imagem da Virgem à qual se atribuem centenas de milagres e curas.

Na homilia da celebração eucarística, o Papa evocou a figura do beato Longo, que, como São Paulo, havia perseguido a Igreja, quando era «um militante anti-clerical, que praticava inclusive o espiritismo e a superstição».

Um homem que mudou radicalmente porque encontrou o «verdadeiro rosto de Deus», transformando o deserto no qual vivia.

«Onde chega Deus, o deserto floresce! Também o beato Bartolo Longo, com sua conversão pessoal, deu testemunho desta força espiritual que transforma o homem interiormente e o faz capaz de fazer grandes coisas segundo o desígnio de Deus».

«Esta cidade por ele fundada é, portanto, uma demonstração histórica sobre como Deus transforma o mundo: enchendo de caridade o coração do homem», explicou.

«Aqui, em Pompeia, se compreende que o amor por Deus e o amor pelo próximo são inseparáveis», sublinhou.

«Aqui, aos pés de Maria, as famílias voltam a encontrar ou reforçam a alegria do amor que as mantém unidas».

O segredo de Pompeia, segundo o Papa, é o Rosário: «Esta oração nos leva, através de Maria, a Jesus».

«O Rosário é oração contemplativa, acessível a todos: grandes e pequenos, leigos e clérigos, cultos ou pouco instruídos».

«O Rosário é "arma" espiritual na luta contra o mal, contra a violência, pela paz nos corações, nas famílias, na sociedade e no mundo», assegurou.

Após a missa e o Angelus, o Papa almoçou com os bispos de Campânia (região italiana de Nápoles).

Depois visitou os restos de Bartolo Longo, e dirigiu, em torno às cinco da tarde, a oração do Rosário no Santuário, oferecendo uma meditação na qual propôs aos presentes, entre quem havia numerosos religiosos e religiosas, ser apóstolos do Rosário.

Posteriormente, subiu ao helicóptero para regressar a Roma quando o sol se punha na Cidade Eterna.

Fonte. zenit.org

Recolha de António Ferreira

O QUE É "HALLOWEEN" - E O QUE SE CELEBRA REALMENTE NESTA DATA?

Outubro 2008

Fonte: http://www.acidigital.com/

1 - Significado

2 - Origens

3 - Abóbora, guloseimas, disfarces...

4 - Festividade de todos os Santos

5 - Cultura e negócio do terror

6 - Pensando a partir da fé

7 - Que experiência religiosa ou moral fica depois da festa de Halloween?

8 - Sugestões para os pais de família

9 - Ideias criativas de como dar às crianças um ensino positivo nestas datas

10 - Festa de Todos os Santos

11 - Estratégia

12 - Planeamento

13 - O Episcopado francês ilustra as festas de Todos os Santos e dos Defuntos
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1 - Significado

Halloween significa "All hallow's eve", palavra que provém do inglês antigo, e que significa "véspera de todos os santos", já que se refere á noite de 31 de Outubro, véspera da Festa de Todos os Santos. Entretanto, o antigo costume anglo-saxão lhe roubou seu estrito sentido religioso para celebrar em seu lugar a noite do terror, das bruxas e dos fantasmas. Halloween marca um triste retorno ao antigo paganismo, tendência que se propagou também entre os povos hispanos.
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2 - Origens

A celebração do Halloween se iniciou com os celtas, antigos habitantes da Europa Oriental, Ocidental e parte da Ásia Menor. Entre eles habitavam os druidas, sacerdotes pagãos adoradores das árvores, especialmente do carvalho. Eles acreditavam na imortalidade da alma, a qual diziam se introduzia em outro indivíduo ao abandonar o corpo; mas em 31 de Outubro voltava para seu antigo lar a pedir comida a seus moradores, que estavam obrigados a fazer provisão para ela.

O ano celta concluía nesta data que coincide com o Outono, cuja característica principal é a queda das folhas. Para eles significava o fim da morte ou iniciação de uma nova vida. Este ensino se propagou através dos anos junto com a adoração a seu deus o "senhor da morte", ou "Samagin", a quem neste mesmo dia invocavam para lhe consultar sobre o futuro, saúde, prosperidade, morte, entre outros.

Quando os povos celtas se cristianizaram, não todos renunciaram aos costumes pagãos. Quer dizer, a conversão não foi completa. A coincidência cronológica da festa pagã com a festa cristã de Todos os Santos e a dos defuntos, que é o dia seguinte, fizeram com que se mesclasse. Em vez de recordar os bons exemplos dos santos e orar pelos antepassados, enchia-se de medo diante das antigas superstições sobre a morte e os defuntos.

Alguns imigrantes irlandeses introduziram Halloween nos Estados Unidos aonde chegou a ser parte do folclore popular. Acrescentaram-lhe diversos elementos pagãos tirados dos diferentes grupos de imigrantes até chegar a incluir a crença em bruxas, fantasmas, duendes, drácula e monstros de toda espécie. Daí propagou-se por todo mundo.

Em 31 de Outubro de noite, nos países de cultura anglo-saxã ou de herança celta, celebra-se a véspera da festa de Todos os Santos, com toda uma cenografia que antes recordava aos mortos, logo com a chegada do Cristianismo às almas do Purgatório, e que agora se converteram em uma salada mental em que não faltam crenças em bruxas, fantasmas e coisas similares.

Em troca, nos países de cultura mediterrânea, a lembrança dos defuntos e a atenção à morte se centram em 2 de Novembro, o dia seguinte à celebração da ressurreição e a alegria do paraíso que espera à comunidade cristã, uma família de "Santos" como a entendia São Paulo.

Diversas tradições se unem, mesclam-se e se influem mutuamente neste começo de Novembro nas culturas dos países ocidentais. Na Ásia e África, o culto aos antepassados e aos mortos tem fortes raízes, mas não está tão ligado a uma data concreta como em nossa cultura.

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3 - Abóbora, guloseimas, disfarces...

A abóbora foi acrescentada depois e tem sua origem nos países escandinavos e em seguida retornou a Europa e ao resto da América graças à colonização cultural de seus meios de comunicação e os séries e filmes importados.

Nos últimos anos, começa a fazer furor entre os adolescentes mediterrâneos e latino-americanos que esquecem suas próprias e ricas tradições para adoptar a oca abóbora iluminada. No Hallowe'em (do All hallow's eve), literalmente a Véspera de Todos os Santos, a lenda anglo-saxã diz que é fácil ver bruxas e fantasmas. Os meninos se disfarçam e vão -com uma vela introduzida em uma abóbora esvaziada em que se fazem incisões para formar uma caveira - de casa em casa. Quando se abre à porta gritam: "trick or treat" (doces ou travessuras) para indicar que gastarão uma brincadeira a quem não os de uma espécie de propina em guloseimas ou dinheiro.

Uma antiga lenda irlandesa narra que a abóbora iluminada seria a cara de um tal Jack Ou'Lantern que, na noite de Todos os Santos, convidou o diabo a beber em sua casa, fingindo um bom cristão. Como era um homem dissoluto, acabou no inferno.

Com a chegada do cristianismo, enquanto nos países anglo-saxões tomava forma a procissão dos meninos disfarçados pedindo de porta em porta com a luminária em forma de caveira, nos mediterrâneos se estendiam outros costumes ligados a 1 e 2 de Novembro. Em muitos povos espanhóis existe uma tradição de ir de porta em porta tocando, cantando e pedindo dinheiro para as "almas do Purgatório". Hoje em dia, embora menos que antigamente, seguem-se visitando os cemitérios, arrumam-se os túmulos com flores, recorda-se os familiares defuntos e se reza por eles; nas casas se falava da família, de todos os vivos e dos que tinham passado a outra vida e se consumiam doces especiais, que perduram para a ocasião, como na Espanha os pastéis redondos de vento ou os ossos de santo.

Enquanto isso, do outro lado do oceano e ao sul dos Estados Unidos, a tradição católica levada por espanhóis e portugueses se mesclava de acordo com cada país americano, mescla dos ritos locais pré-coloniais e com folclore do lugar.

Certamente na Galicia se unem duas tradições: a celta e a católica, por isso é esta a região da Espanha em que mais perdura a tradição da lembrança dos mortos, das almas do Purgatório, muito unidas ao folclore local, e as lendas sobre aparições e fantasmas. Em toda a Espanha perdura um costume sacrossanto que se introduziu nos hábitos culturais: a de representar nesta data alguma peça de teatro ligada ao mito de Dom Juan Tenório. Foi precisamente este personagem, "O Gozador de Sevilha ou o Convidado de Pedra", criado pelo frade mercedário e dramaturgo espanhol Tirso de Molina, que se atreveu a ir ao cemitério, nesta noite, para conjurar as almas de quem havia sido vítimas de sua espada ou de sua possessividade egoísta.

Em todas estas representações ritos e lembranças resiste um desejo inconsciente, pagão, de exorcizar o medo à morte, subtraindo a sua angústia. O mito antigo do retorno dos mortos converteu-se hoje em fantasmas ou dráculas com efeitos especiais nos filmes de terror.
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4 - Festividade de todos os Santos

Entretanto, para os crentes é a festa de todos os Santos a que verdadeiramente tem relevância e reflecte a fé no futuro para quem espera e vivem segundo o Evangelho pregado por Jesus. O respeito aos restos mortais de quem morreu na fé e sua lembrança, inscreve-se na veneração de quem fora "templos do Espírito Santo".

Como assegura Bruno Forte, professor da Faculdade teológica de Nápoles, ao contrário de quem não acredita na dignidade pessoal e desvalorizam a vida presente acreditando em futuras reencarnações, o cristão tem "uma visão nas antípodas" já que "o valor da pessoa humana é absoluto". É alheio também ao dualismo herdeiro de Platão que separa o corpo e a alma. "Este dualismo e o conseguinte desprezo do corpo e da sexualidade não forma parte do Novo Testamento onde a pessoa depois da morte segue vivendo, pois é amada por Deus". Deus, acrescenta o teólogo, "não tem necessidade dos ossos e de um pouco de pó para nos fazer ressuscitar. Quero destacar que em uma época de "pensamento débil" em que se afirma que tudo cai sempre em um nada, é significativo afirmar a dignidade do fragmento que é cada vida humana e seu destino eterno".

A festa de Todos os Fiéis Defuntos foi instituída por São Odilon, monge beneditino e quinto Abade de Cluny na França em 31 de Outubro do ano 998. Ao cumprir o milenário desta festividade, o Papa João Paulo II recordou que "São Odilon desejou exortar a seus monges a rezar de modo especial pelos defuntos. A partir do Abade de Cluny começou a estender o costume de interceder solenemente pelos defuntos, e chegou a converter-se no que São Odilon chamou de Festa dos Mortos, prática ainda hoje em vigor na Igreja universal".

"Ao rezar pelos mortos - diz o Santo Padre -, a Igreja contempla sobre tudo o mistério da Ressurreição de Cristo que por sua Cruz nos dá a salvação e a vida eterna. A Igreja espera na salvação eterna de todos seus filhos e de todos os homens".

Depois de destacar a importância das orações pelos defuntos, o Pontífice afirma que as "orações de intercessão e de súplica que a Igreja não cessa de dirigir a Deus têm um grande valor. O Senhor sempre se comove pelas súplicas de seus filhos, porque é Deus de vivos. A Igreja acredita que as almas do purgatório "são ajudadas pela intercessão dos fiéis, e sobre tudo, pelo sacrifício proporcionado no altar", assim como "pela caridade e outras obras de piedade".

Por essa razão, o Papa pede aos católicos "para rezar com ardor pelos defuntos, por suas famílias e por todos nossos irmãos e irmãs que faleceram, para que recebam a remissão das penas devidas a seus pecados e escutem o chamado do Senhor".

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5 - Cultura e negócio do terror

Uma cultura de consumo que propícia e aproveita as oportunidades para fazer negócios, sem importar como. Hollywood contribuiu à difusão do Halloween com uma série de filmes nos quais a violência gráfica e os assassinatos criam no espectador um estado mórbido de angústia e ansiedade. Estes filmes são vistos por adultos e crianças, criando nestes últimos, medo e uma ideia errónea da realidade. O Halloween hoje é, sobre tudo, um grande negócio. Máscaras, disfarces, doces, maquilhagem e demais artigos necessários são um motor mais que suficiente para que alguns empresários fomentem o "consumo do terror". Busca-se, além disso, favorecer a imitação dos costumes norte-americanos por considerar-se que isto está bem porque este país é "superior".
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6 - Pensando a partir da fé

Uma proposta de temas para considerar atentamente nossa fé católica e a atitude que devemos tomar ante o Halloween.

Diante de todos estes elementos que compõem hoje o Halloween, vale a pena reflectir e fazer as seguintes perguntas:

É que, contanto que se divirtam, podemos aceitar que as crianças ao visitar as casas dos vizinhos, exijam doces em troca de não lhes fazer algum dano (danificar muros, quebrar ovos nas portas, etc.)? Com relação à conduta dos demais pode ser lido o critério de Nosso Senhor Jesus Cristo em Lc 6,31.

Que experiência (moral ou religiosa) fica na criança que para "se divertir" usando disfarces de diabos, bruxas, mortos, monstros, vampiros e demais personagens relacionados principalmente com o mal e o ocultismo, sobre tudo quando a televisão e o cinema identificam estes disfarces com personagens contrários à moral sã, à fé e aos valores do Evangelho.? Vejamos o que diz Nosso Senhor Jesus Cristo do mal e o mau em Mt 7,17. Mt 6,13. A Palavra de Deus nos fala disto também em 1ª Pe 3, 8-12.

Como podemos justificar como pais de uma família cristã a nossos filhos, que o dia do Halloween façam mal às propriedades alheias? Não seríamos totalmente incoerentes com a educação que viemos propondo na qual se deve respeitar a outros e que as travessuras ou maldades não são boas? Não seria isto aceitar que, pelo menos, uma vez ao ano se pode fazer o mal ao próximo? O que nos ensina Nosso Senhor Jesus Cristo sobre o próximo? Ler Mt 22, 37-40

Com os disfarces e a identificação que existe com os personagens do cinema... Não estamos promovendo na consciência dos pequenos o mal e o demónio são apenas fantasias, um mundo irreal que nada tem que ver com nossas vidas e que, portanto não nos afectam? A Palavra de Deus afirma a existência do diabo, do inimigo de Deus em Tia 4,7 1ª Pe 5,18 Ef 6,11 Lc 4,2 Lc 25, 41
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7 - Que experiência religiosa ou moral fica depois da festa de Halloween?

Não é Halloween outra forma de relativismo religioso com a qual vamos permitindo que nossa fé e nossa vida cristãs se vejam debilitadas?

Se aceitarmos todas estas ideias e tomamos palavras levianas em "altares de diversão de crianças". O que diremos aos jovens (a quem durante sua infância lhes permitimos brincar o Halloween) quando forem aos bruxos, feiticeiros, médiuns, e os que lêem as cartas e todas essas actividades contrárias ao que nos ensina a Bíblia?

É que nós, como cristãos, mensageiros da paz, o amor, a justiça, portadores da luz para o mundo, podemos nos identificar com uma actividade aonde todos seus elementos falam de temor, injustiça, medo e escuridão? Sobre o tema da paz podemos ler Fil 4,9 Gal 5,22. Ver o que diz Jesus sobre isto em Mt 5,14 Jo 8,12

Se formos sinceros connosco mesmos e procurarmos sermos fiéis aos valores da Igreja Católica, chegaremos à conclusão de que o Halloween não tem nada que ver com nossa lembrança cristã dos Fiéis Defuntos, e que todas suas conotações são nocivas e contrárias aos princípios elementares de nossa fé.

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8 - Sugestões para os pais de família

Como dar aos filhos um ensino autêntico da fé católica nestas datas? Como fazer que se divirtam com um propósito verdadeiramente católico e cristão? O que podemos ensinar às crianças sobre esta festa?

Ante a realidade que alaga nosso meio e que é promovida sem medida pelo consumismo nos perguntamos o que fazer? Fechar os olhos para não ver a realidade? Procurar boas desculpas para justificar sua presença e não dar maior importância a esta "brincadeira"? Devemos proibir a nossos filhos de participar do Halloween enquanto que seus vizinhos e amigos se "divertem"? Seriam capazes as crianças de entender todos os perigos que correm e por que de nossa negação a participar disto?

A resposta não é simples, entretanto acreditam que sim há algumas coisas que podemos fazer:

O primeiro é organizar uma catequese com os meninos nos dias anteriores ao Halloween, com o propósito de ensinar o por que da festividade católica de Todos os Santos e os Fiéis Defuntos, fazendo ver a importância de celebrar nossos Santos, como modelos da fé, como verdadeiros seguidores de Cristo.

Nas catequeses e actividades prévias a estas datas, é boa ideia que nossos filhos convidem a seus amigos, para que se atenue o impacto de rechaço social e seus companheiros entendam por que não participam da mesma forma que todo mundo.

Devemos explicar-lhes de maneira simples e clara, mas firme, quão negativo há no Halloween e a maneira em que se festeja. É necessário explicar - lhes que Deus quer que sejamos bons e que não nos identifiquemos nem com as bruxas nem com os monstros, pois nós somos filhos de Deus.

Propomos aos pais de família uma opção para seus filhos, pois certamente as crianças irão querer sair com seus amigos na noite do Halloween: As crianças podem disfarçar-se de anjos e preparar pequenas bolsas com doces, presentes ou cartões com mensagens e passar de casa em casa, e em lugar de fazer o "doces ou travessuras" ou de pedir doces, dar de presente aos lares que visitem e que expliquem que entregam doces porque a Igreja Católica terá muito em breve uma festa muito importante em que se celebra a todos aqueles que foram como nós deveríamos ser: os Santos.

Embora esta mudança não será simples para as crianças, é necessário viver coerentemente com nossa fé, e não permitir que os menores tomem como algo natural a conotação negativa do Halloween. Com valor e sentido cristão, os católicos podem dar a estas datas, o significado que têm no marco de nossa fé.

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9 - Ideias criativas de como dar as crianças um ensino positivo nestas datas

Chilenos trocam "Halloween" por festa positiva

SANTIAGO, 28 Out. 03 (ACI).-Com o fim de trocar os conteúdos de morte e terror promovidos na festa do Halloween, numerosas instituições e famílias chilenas estão impulsionando uma campanha para estabelecer em 31 de Outubro como a "Festa da Primavera", aonde os principais disfarces são de anjos, Santos e princesas, em vez dos terríveis modelos da celebração de origem celta e popularizada pelos Estados Unidos.

Alguns colégios, organizações comerciais e até supermercados da capital se somaram à campanha. "Há um público consumidor que está de acordo com o formato da festa, mas outro que está olhando o que acontece procurando ter algo em que seus filhos participem. Então vimos uma massa que precisava ter uma nova festa e lançamos outros produtos", explicou o gerente de vendas de Arcor-Dois em Um, Jorge Borselli.

Dita empresa lançou no ano passado a linha de balas "Fadas e magos"; junto com a empresa de guloseimas Ambrosoli, que incorporou também nesta temporada sua linha "Magic" associada à bondade, a sabedoria e a valentia.

Do mesmo modo, diversas companhias de disfarces estão modificando sua oferta para atender os requerimentos desta nova celebração. A sócia de Duende Azul – com locais na zona oriente e centro de Santiago –, Belém Aleu, afirmou que "a demanda foi mudando nos últimos dez anos. Antes pediam apenas coisas de terror. Agora levam trajes de princesas, anjos ou damas antigas".

Por outro lado, os supermercados da capital estão se somando a este "Halloween branco" trocando sua decoração para a festividade. "Agora é uma festa à chilena, já não só com a conotação de festa de bruxas", explicou o gerente de marketing do Jumbo, Francisco Guzmán.
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10 - Festa de Todos os Santos

"Convidamos a todos a participarem de uma alegre celebração 31 de Outubro do 2003".

Há dois anos, uma simples apresentação como esta, distribuída por correio, iniciou uma mudança radical em nossa sociedade: resgatar o sentido original da véspera de Todos os Santos.

Esta iniciativa teve uma grande acolhida; adultos, jovens e crianças celebraram esta festa em forma positiva, entretida, sã e alegre e mais de acordo com nossos costumes e valores.

A cada ano somos mais, por isso os convidamos a somar-se a esta iniciativa.

Neste ano de consolidação queremos chegar a todos os cantos, celebrando massivamente "A Festa de Todos os Santos".
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11 - Estratégia

· Mais que combater a forma em que hoje se celebra "Halloween", que nada tem que ver com nossos costumes e valores; queremos retomar o sentido original desta data e celebrar a "Festa de Todos os Santos".

· Manteremos os elementos bons e positivos; celebrar, disfarçar-se e compartilhar, mas propomos trocar os negativos:

- Morte e escuridão, ....por vida,

- Terror e medo, .....por alegria,

- Violência, .....por paz e amor,

- Sustos e chantagem, ......por respeito e entrega.

· Propomos uma celebração ampla a qual todos se somem alegremente independente de sua proximidade com a religião.

· Desta maneira formaremos valores positivos nas crianças já que aprenderão a dar parte de si para obter seus objectivos, a respeitar e não amedrontar e que por sobre tudo devem prevalecer a vida, o amor, a paz e a alegria.

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12 - Planeamento

Celebraremos a festa de "Todos os Santos".

As crianças e jovens sairão à rua a compartilhar com seus vizinhos em um são ambiente de amizade.

As crianças:

· Disfarçar-se-ão de algo positivo como palhaço, flor, santo, princesa, bichinho, etc..

· Sairão às ruas acompanhados de algum adulto ou jovem responsável, para pedirem doces.

· Só tocarão a campainha nas casas que tenham globos ou fitas de cor branca em suas portas ou grades, aceitando assim participar desta celebração. Aos outros simplesmente não lhes incomodará.

· Para receber os doces os meninos deverão entregar algo em troca.

· Ao que entreguem lhe chamaremos "graça" e pode ser um desenho, uma poesia, uma oração, uma flor, um santo, um cartão ou algo feito por eles em sua aula de Religião ou de Arte.

Os jovens:

· Acompanharão as crianças nesta celebração sendo modelo e exemplo para eles, quer dizer celebrando em forma positiva para semear paz, amor e alegria.

· Se quiserem organizar alguma festa ou celebração, pedimos que façam "Festas Brancas" onde todos se vistam dessa cor e o passem muito bem em um ambiente positivo e alegre.

O que lhes pedimos?

· Distribuam esta apresentação a todas as pessoas que possam.

· Que comentem esta iniciativa com sua família, amigos e conhecidos.

· Que a façam chegar às empresas que estejam interessadas nesta festa, aos meios de comunicação e a quem possa apoiá-la.

· Proponham em Colégios, Jardins Infantis e Igrejas, que a festa se aborde de maneira positiva e construtiva.

· Apoiem e acompanhem a seus filhos nesta celebração, assim estaremos educando-os nos valores que esta festa nos convida a celebrar.

SE TODOS INCENTIVARMOS ESTA IDEIA, CADA DIA SEREMOS MAIS OS QUE CELEBRAREMOS COM ALEGRIA "A FESTA DE TODOS OS SANTOS".

Mais informação no site: http://www.todoslossantos.cl/

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13 - O Episcopado francês ilustra as festas de Todos os Santos e dos Defuntos

PARIS, 28 Outubro 2003 (ZENIT.org) .- Em meio as campanhas publicitárias de promoção da festa de Halloween, a Conferência Episcopal da França publicou um comunicado para explicar o sentido das festas de Todos os Santos e do dia dos Defuntos.

«Com o passar do ano, a Igreja católica celebra os Santos que canonizou oficialmente e que apresenta como modelos e testemunhas exemplares da fé», recorda o texto.

Com a festa de 1 de Novembro, dia de Todos os Santos, a Igreja deseja «honrar aos Santos "anónimos" - muito mais numerosos - que com frequência viveram na discrição a serviço de Deus e de seus contemporâneos».

Neste sentido, esclarece o documento, é a festa de «todos os baptizados, pois cada um está chamado por Deus à santidade». Constitui, portanto, um convite a «experimentar a alegria daqueles que puseram a Cristo no centro de sua vida».

Em 2 de Novembro, dia de oração pelos defuntos, explicam os prelados franceses, propõe uma prática que começou com os primeiros cristãos.

A ideia de convocar uma jornada especial de oração pelos defuntos, continuação de Todos os Santos, surgiu antes do século X, seguem explicando.

«Em 1 de Novembro, os católicos celebram na alegria a festa de Todos os Santos; no dia seguinte, rezam de maneira mais geral por todos os que morreram», afirmam.

Deste modo, a Igreja quer dar a entender que «a morte é uma realidade que se pode e que terá que assumir, pois constitui o passo no seguimento de Cristo ressuscitado».

Isto explica as flores com que nestes dias se adornam os túmulos, «sinal de vida e de esperança», concluem os prelados.

"Holywins" uma proposta criativa da Diocese de Paris

Na cruzada de ser criativo para em 31 de Outubro, véspera do Dia de todos os Santos,

http://www.holywins.org/ conta como se organizam na Diocese de Paris !

A iniciativa, baptizada com o nome do Holy wins» («a santidade ganha») - trocadilho contraposto ao Halloween - foi lançada pela arquidiocese de Paris.

No 2002, vários centenas de jovens na missão nas ruas de Paris, mais de 8000 pessoas ao concerto da Praça St. Sulpice, com uma ampla cobertura nos meios.

Para 2003: Com o êxito da primeira edição, os jovens irão outra vez pelas ruas em 31 de Outubro. Sua motivação? " Testemunhe sua esperança e a sua fé na Ressurreição".

(...) Em uma sociedade que tende a evitar a questão da morte, a festa do Halloween tem o mérito de nos questionar sobre este tema, mas só faz referência aos rituais mórbidos e macabros. Por este motivo os jovens de Paris querem aproveitar o êxito do Halloween para testemunhar sua fé e a esperança cristã diante da morte na vigília da festa de Todos os Santos (1 de Novembro) e dos Defuntos, dos que se faz memória ao dia seguinte.

Parte desta informação é cortesia do Lic. Eduardo R. Cattaneo

Editor Responsável por: ESCOLA VIRTUAL PARA PAIS
Mendoza, Argentina

Ecattaneo@fullzero.com.ar / ecattaneo@argentina.com

http://www.acidigital.com/
Recolha de António Ferreira

EUCARISTIA DO 80.º ANIVERSÁRIO DO OPUS DEI - Escrivá: grande dom para a Igreja

Foi desta forma que D. Manuel Clemente se referiu ao fundador do Opus Dei no início da concelebração eucarística a que presidiu, no dia 2 de Outubro. Para além de alguns presbíteros da Prelatura portuguesa, participaram o P. Américo Aguiar (Vigário-geral da Diocese) e P. José Gonçalves Moreira (Reitor da igreja local). Uma multidão de fiéis, sobretudo membros da Obra, congregou-se na Igreja da Trindade (Porto), como "Povo de reis, assembleia santa, povo sacerdotal" – assim bendisse a Deus cantando à entrada –, para celebrar as 8 décadas de existência do Opus Dei, presente em Portugal desde 1946, sob governo do Mons. José Rafael Espírito Santo. Segundo nos indicou o sacerdote espanhol P. Jesus Gomes Paulo, há 40 anos em Portugal, o Opus Dei está implantado na Diocese Portucalense, nos seguintes locais: Colégio dos Cedros (masculino) e Colégio Horizonte (feminino) – V. N. Gaia, Colégio Universitário da Boavista (Porto), Veja Clube e Clube Rampa (juvenis, com actividades culturais) e Mira Clube (em Miragaia, Porto, onde exerce acção sócio-caritativa).

A Obra de Deus não foi imaginada por um homem

O Bispo do Porto introduziu a sua homilia fazendo o paralelismo entre o Evangelho do dia e José Maria Escrivá de Balaguer e Albás (1910-1975): "Diz-nos o Evangelho que os nossos Anjos vêem continuamente o rosto do Pai celeste. Diz-nos a história cristã, que, a partir daí, nos ensinam o que havemos de fazer para cumprir a vontade de Deus. Assim aconteceu com S. José Maria, assim o constatamos e agradecemos, 80 anos depois". De seguida, recordou alguns dos factos mais relevantes (as origens, a "cura" milagrosa aos 2 anos, os estudos, a vocação – antes de ser ordenado, repetia muitas vezes em oração: "Senhor, que eu veja!"). Situando, concretamente, o contexto e a génese da Obra, D. Manuel precisou: "Estava a fazer Exercícios Espirituais numa casa de Vicentinos em Madrid, quando 'viu' finalmente aquilo para que Deus o chamava há tanto tempo. Di-lo-á assim, seis anos depois: «A Obra de Deus não foi imaginada por um homem. […] Há muitos anos que o Senhor a inspirava a um instrumento inapto e surdo, que a viu pela primeira vez no dia dos Santos Anjos Custódios, 2 de Outubro de 1928»". Entretanto, continuou aludindo à sua vida e, sobretudo, à obra na Obra e, mais adiante, citou João Paulo II, aquando da canonização de S. José Maria (6/10/2002): "foi escolhido pelo Senhor para anunciar a vocação universal à santidade e para indicar que a vida de todos os dias, as actividades comuns, são um caminho de santificação. Poder-se-ia dizer que ele foi o santo da normalidade. Com efeito, ele estava convencido de que, para quem vive segundo uma perspectiva de fé, tudo é ocasião de encontro com Deus, tudo se torna estímulo à oração". No fim, D. Manuel agradeceu a Deus esta "vida feita obra, oferecida à Igreja e ao Mundo" e pediu que, "com S. José Maria, acolhamos a companhia e a inspiração dos Anjos!". (ARR)

Fonte: Voz Portucalense, 08.10-2008, pág. 4

Recolha de António Ferreira

CRISE DEVE LEVAR A REVISAR FORMAS DE BUSCAR BENEFÍCIO ECONÓMICO - Comunicado dos bispos franceses sobre a crise financeira actual

PARIS, quinta-feira, 9 de Outubro de 2008 (ZENIT.org).- Os bispos franceses membros do Conselho para questões familiares e sociais publicaram no dia 8 de Outubro uma reflexão sobre a crise financeira mundial, uma crise que deve, segundo os prelados, levar a uma revisão das actuais formas de buscar o benefício económico.

Ainda que os mecanismos financeiros sejam necessários para prover as economias de recursos, a crise revelou as consequências negativas de lógicas financeiras que, levadas ao extremo, estão desconectadas da economia e se colocam somente ao serviço de um benefício imediato.

«Nossas sociedades estão quebradas. E, como sempre, nestes casos, os mais pobres são as primeiras e mais inocentes vítimas», acrescentam.

Quando as finanças pretendem ser um fim em si mesmas e só estão animadas pelo desejo de benefício, perdem a cabeça – afirmam os bispos –, mas quando as preocupações dos homens, de cada homem e de todos os homens se convertem em prioridade, a confiança renasce.

Para superar a crise, advertem os prelados, as medidas não podem encaminhar-se somente à «manutenção de um sistema financeiro que revelou suas fraquezas e suas consequências humanas».

É necessária a cooperação entre os Estados, o estabelecimento de instituições de organização financeira e uma reorientação das economias ao serviço das pessoas.

Os bispos exigem uma reflexão ética e um compromisso, que revise as práticas especulativas a curto prazo, assim como uma revisão dos sistemas de remuneração e gratificação dos dirigentes das instituições financeiras, especialmente por sua contribuição na crise, buscando o benefício de forma inconsiderada.

Exigem também maior transparência, assim como uma reorientação das finanças ao serviço da economia produtiva e adequada às exigências ambientais.

Fonte: zenit.org


Recolha de António Ferreira

Em Defesa da Família

CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de JaneiroA família é um tema sobre o qual sempre me agrada refletir, tanto pela beleza dos valores relacionados a ela, quanto pela urgente necessidade de defendê-los, como um tesouro que cercamos de segurança e apreço, diante das ameaças do mundo contemporâneo. Sabemos que se multiplicam os ataques a tudo o que temos de mais sagrado, dentro da fé e da moral que professamos, a começar pelo descrédito que se quer lançar sobre a família. Isto parte, sobretudo, da mídia, que busca audiência através do sensacionalismo e promove a disseminação de pseudo-valores, carregados de erros e de deturpações.Por trás disso encontram-se ideologias como o indiferentismo, que rejeita todos os valores, inclusive a religião, e o relativismo, que se pauta por critérios subjetivos, negando a primazia da verdade e do valor do Absoluto. Entretanto, é interessante notar que os próprios defensores do relativismo lhe atribuem grau de axioma, isto é, afirmações inquestionáveis, esquecendo-se de que eles próprios, e seus princípios, deveriam ser considerados, igualmente, relativos. Na sociedade contemporânea, há grupos poderosos que consideram a instituição familiar como o maior inimigo a ser derrubado. Deturpam o modelo de família, recomendado pelo próprio Deus na sua Palavra revelada e nos valores naturais, inseridos na consciência humana. Opõem-se à civilização do amor, em nome de uma pseudo-liberdade de pensamento que, na realidade, é a imposição de ideologias deletérias.Há, também, que defender a família contra a mentalidade do "descartável", que vive no provisório e nada reconhece de estável ou permanente. Hoje, existe um medo de tudo que possa ser rotulado, de forma superficial e preconceituosa, como "mesmice rotineira". No entanto, não há nada mais gratificante do que se traçar as metas de um plano familiar, no qual existe um sentido de vida plena para todos os seus membros, dentro da lógica humana, da fé e da moral, rumo à finalidade transcendente.As dificuldades que cercam a sobrevivência da família começam pela situação material de pobreza, miséria até, em que muitas famílias se encontram. Isso, evidentemente, choca a quem quer que se acerque dessa problemática. Porém, o elemento mais desagregador da família é a crise interna entre esposos, ou entre pais e filhos, provocando o chamado conflito de gerações. Os problemas pessoais mal resolvidos, dando origem ao estresse e à depressão, também podem contaminar o ambiente familiar, porque afetam a todos os que nele convivem. São situações lamentáveis.Além disso, as relações familiares não se sustentam, quando baseadas em concepções errôneas sobre sua própria constituição e sobre o amor. Freqüentemente, confunde-se amor com paixão. Sentir-se atraído pelo que me agrada, me serve ou me dá prazer, não é amor. O verdadeiro amor é um bem-querer sem interesse, gratuito. Aliás, o amor é sempre oblativamente gratuito. Quanto ao chamado amor livre, é uma deturpação da autêntica liberdade. A pessoa é livre para amar a quem escolhe, o que não significa colocar "em leilão" os próprios sentimentos e a entrega de si mesmo, com tudo o que possui de mais sagrado.Esses desvios têm sido causa de muitas separações. Quando Bispo em São José dos Campos, dispus-me a analisar um pouco mais de perto essas causas, e cheguei à conclusão de que não variam muito. Geralmente, têm suas origens em pequenos conflitos ou discussões sobre problemas de relacionamento, situação econômica, desacordo na educação dos filhos, até meras divergências sobre temperamento. Porém, se não existe o amor sincero, capaz de compreender, perdoar e ceder, os desentendimentos se avolumam, até se transformarem em entraves à relação familiar, como tal.A família é uma das instituições naturais, que Deus consagrou pelo Sacramento do Matrimônio, acrescentando-lhe valor sobrenatural. Assim, respeitar, proteger e promover a família é colaborar no cumprimento do desígnio divino. Sobre isto, o Papa João Paulo II nos deixou um documento fundamental: a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, que trata da Missão da família cristã no mundo de hoje e alerta, inclusive, quanto às situações graves e adversas, que lançam sombras sobre sua estabilidade e seu futuro.Ao falar da família, Cristo formulou uma ordem definitiva: "Já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe" (Mt 19,6). O amor unitivo entre os esposos é algo de tão sublime, que chega a ser comparado por São Paulo ao amor de Cristo pela sua Igreja (cf. Ef 5,25ss). Se o amor vem de Deus, e a consolidação desse amor, em forma de Sacramento instituído por Cristo, foi recebida com o devido preparo, nada pode dissolver tal união.Deus coroa esse amor – em via de regra - com a vinda de filhos. Eles são a maior bênção e a maior garantia de estabilidade da família. O papel da criança numa família é fundamental. Ela sublima, enobrece e preenche o amor realizado de seus pais. No meu entender, todos os atos de amor são transitórios; não há qualquer ato ou atitude por mais pura, que seja, permanente, a não ser quando perpetuada, perenizada numa nova pessoa. Podemos, assim, definir um filho como um ato de amor, que perdura para todo o sempre. Desculpem a minha franqueza!A experiência de família é uma das coisas mais lindas na vida de cada pessoa, e alicerça o desenvolvimento da sua personalidade. Quem atua no campo missionário, ou na vocação sacerdotal ou consagrada, abriu mão de ter o seu próprio lar, para fazer do apostolado, a sua família. Mas sempre conservamos as recordações da infância. Relembro, com saudade e gratidão, a convivência com meus pais, irmãos e irmãs, conversando, às vezes até discutindo, cantando e "musicando" juntos... Estas lembranças, sobretudo dos tempos fortes do Natal e da Páscoa, nos acompanham ao longo da vida toda.As famílias do nosso tempo atravessam conhecidos momentos difíceis. Mas, são poderosamente sustentadas pela graça sacramental, que uniu os cônjuges e os fortalece na vida em comum e na orientação dos filhos. Este auxílio extraordinário de Deus ajuda a superar os problemas, fortalece a união, consola na dor da morte dos entes mais queridos e nos confirma na esperança.Dirijo esta palavra de ânimo a todas as famílias, pedindo para elas as bênçãos de Deus, como penhor de paz e de tranqüilidade, especialmente, para as que mais necessitarem.
Data Publicação: 09/10/2008
Recolha de António Ferreira

PIO XII, O PAPA QUE PREPAROU O CONCÍLIO VATICANO II - Hoje celebra-se o 50° aniversário de sua morte

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira 8 de Outubro de 2008 (ZENIT.org).- Com motivo da celebração, este 9 de Outubro, do 50° aniversário da morte do Papa Pio XII, ganham destaque as declarações sobre a importância deste pontífice para a vida da Igreja no século XX.

L'Osservatore Romano traz, em sua edição de hoje, declarações a propósito da importância do magistério do Papa Pacelli, por parte de Dom Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, e do cardeal Tarsicio Bertone, secretario de Estado.

Segundo explica Dom Fisichella, Pio XII soube «responder originalmente às questões de seu tempo», e seu magistério é chave para entender o desenvolvimento posterior do Concílio Vaticano II.

De facto, explicou, «nos documentos conciliares se podem encontrar ao menos 251 referências explícitas a seu magistério», não só a suas 43 encíclicas, mas «aos numerosos e comprometidos discursos com os quais enfrentou os temas mais controversos de sua época».

«Segundo declarou o cardeal Bea, uma das figuras mais importantes do Concílio, 'deverão passar dezenas de anos, para não dizer séculos, antes de que a gigantesca obra de Pio XII seja estimada em seu justo valor', pois sua doutrina 'constituiu o fundamento do próprio Concílio, abrindo-se a todos os problemas da humanidade contemporânea'», citou o reitor da Lateranense.

Dom Fisichella citou por exemplo a encíclica Munificentissimus Deus, que estabeleceu o dogma da Assunção. Nela, «Pio XII recolheu o inteiro ensinamento bíblico, patrístico e a grande tradição teológica; a verdadeira inovação, contudo, é a referência à fé viva do Povo de Deus».

«A centralidade cristológica na hora de estabelecer o dogma mariano», acrescenta, anteciparia as linhas fundamentais da Lumen Gentium sobre o mistério da Virgem Maria na história da salvação.

Outro documento transcendental, relata Dom Fisichella, foi a encíclica Divino afflante Spiritu, com a qual deu «grande impulso à leitura da Sagrada Escritura e à promoção dos estudos bíblicos», especialmente com a descrição do «género literário». «Em uma palavra, é suficiente tomar nas mãos a Dei Verbum para verificar como muito deste material confluiu no magistério conciliar».

Também o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano, destacou a importância do ensinamento de Pio XII sobre os problemas de seu tempo. Destacou a encíclica Summi Pontificatus, na qual condenava os que «se serviam do Estado para perpetrar continuamente actos contrários à pessoa e à sociedade».

«Quer-se fazer do Papa Pacelli um 'político' em guerra com duas ideologias consideradas comummente nefastas. Pio XII sempre pensou que não era a Igreja que tinha inimigos, mas que eram inimigos do homem», acrescentou o purpurado.

«Através de suas muitas encíclicas, este Papa emanou importantes normas doutrinais, deu novo impulso à actividade missionária e afirmou os direitos da mulher em muitos campos, inclusive o político e o jurídico».

O cardeal Bertone destacou também, como já fez em várias ocasiões, o trabalho do Papa Pacelli a favor dos judeus perseguidos durante o Holocausto. É «profundamente injusto» censurar a obra de Pio XII durante a guerra, «esquecendo não só o contexto histórico, mas também a imensa obra caritativa que ele promoveu», disse.

Fonte: zenit.org
Recolha de António Ferreira

80 anos do Opus Dei

O Opus Dei está hoje cheio de vigor e continua a abrir as suas portas a novos membros.
80 anos é uma grande data! Há, pelo menos, 85 mil fiéis leigos e dois mil padres, espalhados por cinco continentes, para quem este aniversário é fundamental. Estou a falar dos membros do Opus Dei. Gente comum, novos e velhos, com as mais variadas profissões, que se empenham em viver a santidade nas circunstâncias habituais da vida quotidiana. A proposta do Opus Dei é ajudar a encontrar Cristo no trabalho, na vida familiar e nas restantes actividades habituais. Crescem no amor ao Papa e à Igreja. E a consequência disto tem trazido grandes frutos. É certamente esse fenómeno de santidade no meio do mundo contemporâneo que explica tanto ódio contra o Opus Dei. Centenas de livros, documentários e filmes massacram sistematicamente a opinião pública contra esta Instituição da Igreja. Mas não será que o feitiço se vira contra o feiticeiro?É que movidos justamente pela curiosidade, muitos aproximaram-se do Opus Dei que está hoje cheio de vigor e continua a abrir as suas portas a novos membros. Parabéns à Obra!

Fonte: RR on-line, 2008.10.03

Recolha de António Ferreira