IV CONGRESSO CNIS - PRESIDENTE DA REPÚBLICA CRITICA EM FÁTIMA A LEI DO DIVÓRCIO

O Presidente da República Portuguesa tece duras críticas à Lei do Divórcio actualmente vigente no país.

Cavaco Silva afirmou, esta tarde, em Fátima, que a Lei do Divórcio, aprovada em Abril de 2008 e que entrou em vigor no final do mesmo ano, se trata de uma lei causadora de novos casos de pobreza e, a propósito da mesma lei, manifestou a sua "perplexidade" quanto à forma como se legisla em Portugal.

"Dos contactos que tenho mantido com dirigentes de instituições de solidariedade, recolho a informação de que a maioria dos casos de 'novos pobres' está associada a situações de divórcio", revelou.

Recorde-se que por ocasião da promulgação presidencial da Lei, em Outubro de 2008, em uma mensagem publicada na página oficial da Presidência da República na Internet, Cavaco Silva, que havia vetado inicialmente esta lei a 20 de Agosto, referia que o diploma, incluindo as alterações introduzidas depois do veto à primeira versão, "padece de graves deficiências técnico-jurídicas" e iria introduzir, em sua opinião, "profunda injustiça", sobretudo para os mais vulneráveis, como são as "mulheres de mais fracos recursos e os filhos menores".

No Centro Pastoral Paulo VI, no momento inaugural do IV Congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, falou sobre o novo tipo de pobreza em Portugal, agravada pelo desemprego e pelo sobre endividamento de muitas famílias.

Pediu especial atenção para com as crianças e os jovens, para que se reforce a atenção a esta camada da população, para que possa manter as suas condições de bem-estar.

" (É) o melhor que poderemos fazer pelo futuro do nosso país", disse.

Cavaco Silva destacou que, com esta nova realidade social, "é urgente mobilizar a força solidária dos portugueses" e, neste sentido, as organizações e instituições de solidariedade são "catalizadores" de iniciativas solidárias.

O Chefe de Estado português terminou o seu discurso com um apelo "por um Portugal mais justo e solidário".

Sob o lema "NOVOS CAMINHOS DA SOLIDARIEDADE", a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) está reunida em Fátima, nos dias 30 e 31 de Janeiro, em Assembleia Geral Extraordinária sob a forma de Congresso.

Todos os trabalhos decorrem no Centro Pastoral Paulo VI. http://www.cnis.pt/

Fonte: Sala de Imprensa do Santuário de Fátima

Recolha de António Ferreira

A Indisciplina nas Escolas

Profs e Stoures façam a parte deles que eu tento fazer a minha…

A indisciplina nas escolas (vista por F. Savater)
Especialistas reunidos em Espanha
Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar

Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.
'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.
'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.
Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.
No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa..
'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.
Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.
Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.
A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.
'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.
'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.
Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.
'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.
Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.
Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.
Recolha de Joaquim Mário Andrade
Pároco da Paróquia do Padrão da Légua

TELEGRAMA DO PAPA AO NOVO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 20 de Janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Oferecemos a seguir o texto do telegrama enviado pelo Papa Bento XVI ao novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por ocasião de sua tomada de posse hoje na Casa Branca.


Honorável Barack Obama
Presidente dos Estados Unidos da América
Casa Branca
Washington, D.C.

Por ocasião de sua posse como o 44º presidente dos Estados Unidos da América, eu lhe ofereço meus mais cordiais bons desejos e lhe asseguro ao mesmo tempo minhas orações para que o Deus Todo Poderoso lhe conceda sabedoria e força indefectíveis no exercício de suas altas responsabilidades. Que sob seu mandato os americanos possam continuar a encontrar em sua impressionante herança religiosa e política os valores espirituais e princípios éticos para cooperar na construção de uma sociedade realmente livre e justa, marcada pelo respeito à dignidade, a igualdade e os direitos de cada um de seus membros, especialmente os pobres, os marginalizados e os que não têm voz. Em uma época em que muitos irmãos e irmãs nossos em todo o mundo clamam por sua libertação do flagelo da pobreza, da fome e da violência, rezo para que o senhor confirme sua resolução de promover a compreensão, a cooperação e a paz entre as nações, para que todos possam participar do banquete da vida que Deus preparou para toda a família humana (cf. Isaías 25, 6-7). Invoco de coração sobre o senhor, sua família e sobre todo o povo americano as bênçãos do Deus da alegria e da paz.

Benedictus PP. XVI

Fonte: zenit.org

Recolha de António Ferreira

ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS ENCERRAMENTO

O Papa reivindica os direitos da família ao encerrar o Encontro do México

Dirige-se pela televisão aos peregrinos congregados no Santuário de Guadalupe

CIDADE DO VATICANO, domingo, 18 de Janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI reivindicou os «direitos inalienáveis» da família ao encerrar neste domingo, com uma mensagem televisiva ao vivo, o VI Encontro Mundial das Famílias.

Escutaram as palavras do Papa os milhares de peregrinos que participaram da missa presidida por seu legado, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, na explanada do Santuário da Virgem de Guadalupe.

O Papa, que havia seguido o evento pela televisão desde o palácio apostólico vaticano, reconheceu em sua mensagem dirigida em espanhol que «hoje mais que nunca se precisa do testemunho e do compromisso público de todos os baptizados, para reafirmar a dignidade e o valor único e insubstituível da família fundada no matrimónio de um homem com uma mulher e aberto à vida, assim como o da vida humana em todas as suas etapas».

«É preciso promover medidas legislativas e administrativas que sustentem as famílias em seus direitos inalienáveis, necessários para levar adiante sua extraordinária missão», considerou o Santo Padre.

Em sua mensagem, o Papa abriu o coração para assegurar que «os mexicanos sabem bem que estão muito perto do coração do Papa», provocando espontâneos aplausos entre quem o escutava desde a capela federal.

De fato, o Papa assegurou que, graças às novas tecnologias da comunicação, «peregrinei espiritualmente até esse Santuário Mariano, coração do México e de toda a América, para confiar a Nossa Senhora de Guadalupe todas as famílias do mundo».

O Santo Padre expressou sua proximidade e assegurou sua oração por todas as famílias em dificuldade, em particular às «que sofrem pela pobreza, a enfermidade, a marginalização ou a migração. E muito especialmente às famílias cristãs que são perseguidas por causa de sua fé».

Após anunciar que a sede do VII Encontro Mundial das Famílias será Milão em 2012, o pontífice concluiu sua homilia com uma oração dirigida à Virgem de Guadalupe, para confiar «todas as famílias do mundo».

«Se vê, se sente, o Papa está presente!», foi o coro com o qual responderam os peregrinos às palavras do Papa ao terminar o acto.

Renovação das promessas matrimoniais

Pouco antes do Credo, durante missa, os milhares de casais presentes renovaram as promessas que um dia pronunciaram ao contrair o sacramento, prometendo amar-se fielmente, no favorável e no adverso, «na saúde e na doença, todos os dias da vida».

Em seguida, apresentaram os anéis, que foram abençoados pelo cardeal Bertone, e depois colocaram uns nos outros, como haviam feito no dia de seu casamento.

O Encontro das Famílias havia começado em 14 de Janeiro com um Congresso Teológico Pastoral, que bateu recordes na história destes eventos, inaugurados por João Paulo II em 1994, pois contou com a participação de mais de dez mil congressistas.

Os actos finais multitudinários se celebraram na noite de sábado e na manhã deste domingo diante da Basílica de Guadalupe, com a participação de representantes de 98 países.

Fonte: zenit.org

Recolha de António Ferreira



Recolha de António Ferreira

PAPA DEFENDE BAPTISMO DE CRIANÇAS

Bento XVI pede aos pais que eduquem filhos na verdadeira liberdade

Bento XVI defendeu este Domingo o Baptismo de crianças, prática habitual na Igreja Católica, considerando que o mesmo não é "uma violência" sobre os menores.

"Quando segundo a tradição cristã, como hoje fazemos, se baptizam as crianças introduzindo-as na luz de Deus e dos seus ensinamentos, não se lhes faz uma violência, mas é–lhes dada a riqueza da vida divina na qual se enraíza a verdadeira liberdade que é própria dos filhos de Deus; uma liberdade que deverá ser educada e formada com o amadurecer dos anos, para que se torne capaz de opções pessoais responsáveis", indicou.

O Papa falava na homilia da celebração eucarística durante a qual administrou o Sacramento do Baptismo a 13 crianças recém nascidas, na Capela Sixtina, durante a solenidade litúrgica do Baptismo do Senhor.

"Se com este sacramento o neo-baptizado se torna filho adoptivo de Deus, objecto do seu amor infinito que o tutela e defende das forças obscuras do maligno é necessário ensinar-lhe a reconhecer Deus como seu Pai e a saber relacionar-se com ele com atitude de filho" disse.

Aos pais e padrinhos, Bento XVI pediu que "não cesseis de agradecer ao Senhor que com este sacramento, introduz os vossos meninos numa nova família, maior e estável, mais aberta e numerosa do que a vossa: refiro-me à família dos crentes, à Igreja, uma família que tem Deus como Pai e na qual todos se reconhecem irmãos em Jesus Cristo".

"Confiai portanto os vossos filhos à bondade de Deus que é força de luz e de amor. Eles, embora no meio das dificuldades da vida, nunca se sentirão abandonados se a Ele permanecerem unidos", assegurou.

Antes, o Papa afirmara que os filhos "não são nem uma propriedade dos pais que se deve plasmar segundo os desejos e aspirações destes, nem alguém que deve ver satisfeitos todos os seus desejos, e crescer em plena autonomia segundo uma atitude considerada libertária".

"Preocupai-vos, portanto, em educá-los na fé, em ensinar-lhes a rezar e a crescer como fazia Jesus e com a sua ajuda em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens", indicou.

Fonte: Agencia Ecclesia(Com Rádio Vaticano)

FOTO: Lusa
Recolha de António Ferreira

ANO LITÚRGICO TEMPO COMUM

«Além dos tempos que têm um carácter próprio, ficam 33 ou 34 semanas, no decurso do ano, em que não se celebra algum aspecto peculiar do mistério de Cristo, mas recorda-se sobretudo o próprio mistério de Cristo na sua plenitude, principalmente aos domingos. Este período de tempo recebe o nome de Tempo Comum».

«O Tempo Comum começa na segunda-feira a seguir ao Domingo que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à terça-feira antes da Quaresma, inclusive; retoma-se na segunda-feira a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das Vésperas I do Domingo I do Advento» (NG 44; in EDREL 673-674).

O chamado Tempo Comum pode-se dizer que é uma novidade da reforma pós-conciliar. Antes, havia uma série de «domingos depois da Epifania» e outra série de «domingos depois do Pentecostes». Agora é uma única série com uma certa unidade, ao longo do ano. Sobretudo, há um elemento que lhe dá unidade: o Leccionário. O Leccionário dos Domingos, dividido em três ciclos anuais – A, B e C (com o «evangelista do ano») –, e o Ferial, em dois (anos Par e Ímpar). Esta leitura semicontinuada da Bíblia converte o Tempo Comum na melhor escola de fé para a comunidade cristã.

O nome «Tempo Comum» – em latim, «tempus per annum» («tempo durante o ano») – não parece muito feliz, pela fácil associação a tempo «pouco importante» ou «anódino», mas esta designação impôs-se como distinção dos chamados «tempos fortes», do *ciclo da Páscoa e do Natal, com a sua preparação (Quaresma e Advento) ou prolongamento («Tempo da Páscoa» e «Tempo do Natal»).

Mas o Tempo Comum tem a sua particular importância. Em rigor é o tempo mais antigo, na organização do Ano cristão – a sucessão dos domingos e das semanas, antes de terem surgido os vários ciclos –, e que, além disso, ocupa a maior parte do ano (trinta e três ou trinta e quatro semanas, das cinquenta e duas). Este tempo apresenta valores que não se podem esquecer: ajuda-nos a ir vivendo o mistério de Cristo na sua totalidade; acompanha-nos na tarefa de crescimento e maturação de tudo o que celebrámos no Natal e na Páscoa; põe em evidência a primazia do domingo cristão; oferece-nos a escola permanente da Palavra bíblica; e faz-nos descobrir a graça do comum: a vida quotidiana vivida também como tempo da salvação.

Fonte: www.agenciaecclesia.pt/Dicionarioelementardeliturgia
Recolha de António Ferreira

Últimas palavras de uma jovem

Relato escrito em cima do joelho, por um socorrista do INEM...
palavras de uma rapariga... dirigidas aos pais..
Fui a uma festa, mãe.
Fui a uma festa e lembrei-me do que me disseste.
Pediste-me que eu não bebesse álcool... Então, bebi uma 'Sprite'.
Senti orgulho de mim mesma e do modo como me disseste que eu me sentiria!
Disseste-me também que não deveria beber e conduzir, ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto. E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a conduzir sem condições... fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz... Eu nunca poderia imaginar o que me aguardava, mãe... que eu não poderia esperar... Agora estou deitada na rua, e ouvi o policia dizer: 'O rapaz que causou este acidente estava bêbado', mãe, a voz parecia tão distante... O meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou a tentar com todas as minhas forças, não chorar... Posso ouvir os paramédicos dizerem: 'A rapariga vai morrer'... Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal ele decidiu beber e conduzir, e agora tenho que morrer... Então por que as pessoas fazem isso, mãe?...sabendo que isto vai arruinar vidas? A dor está-me a cortar como uma centena de facas afiadas... Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe,> > diz ao papá que ele seja forte... E quando eu for para o cemitério, escreva 'Menina do Pai' na minha sepultura... Alguém deveria ter dito aquele rapaz que é errado beber e conduzir... Talvez, se os seus pais tivessem dito, eu ainda estivesse viva... Minha respiração está a ficar mais fraca, mãe, e estou realmente a ficar com medo... Estes são os meus momentos finais e sinto-me desesperada... Eu gostaria que tu pudesses abraçar-me, mãe, enquanto estou esticada aqui a morrer, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe... Então... Amo-te e adeus...' Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter ia anotando...muito chocado, este repórter iniciou uma campanha.
Recolha de Marina Sequeira

BATALHA GLOBAL A FAVOR DA FAMÍLIA PASSA PELO MÉXICO

Nota publicada pelo Vaticano nas vésperas do Encontro Mundial das Famílias


CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 9 de Janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Apesar do divórcio, do aborto e da eutanásia serem opções originalmente distantes da cultura mexicana, estão penetrando devido à pressão exterior. Por esse motivo, a Santa Sé atribui ao VI Encontro Mundial das Famílias, que acontece na capital do México, uma importância decisiva.

O país, segundo do mundo em número de católicos, acolherá este evento convocado por Bento XVI de 14 a 18 de Janeiro. Espera-se um milhão de pessoas.

Nesta sexta-feira, aconteceu na Sala de Imprensa do Vaticano um encontro com a imprensa, dirigido pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, no qual se distribuiu um comunicado que responde a esta pergunta: «que estado de saúde atravessa a família hoje no México?».

A esta pergunta, a nota do Conselho vaticano responde: «a família no México, como em outras partes do mundo, está a atravessar hoje uma crise».

No ano 2006, a Cidade do México se converteu na segunda cidade da América Latina, depois de Buenos Aires, cuja legislação reconheceu as uniões administrativas de pessoas do mesmo sexo.

Em Agosto de 2008, a Justiça mexicana ratificou a lei que despenaliza o aborto até as 12 semanas de gestação na capital mexicana, algo que até esse momento era considerado inconstitucional por eminentes juristas.

«Contudo, se conservam ainda muitos valores: a unidade familiar continua acontecendo e sendo valorizada intensamente».

«As famílias, por exemplo, se reúnem frequentemente para celebrar os principais acontecimentos civis, religiosos e suas tradições e para buscar juntos soluções a seus problemas. A família é a principal instituição de ajuda e de solidariedade», declara.

«Aborto, divórcio, eutanásia, temas de bioética, ainda que estão afastados da cultura e da vida popular, estão penetrando também na mentalidade do povo mexicano», constata o Conselho vaticano.

«A família deve enfrentar hoje, com criatividade e com espírito propositivo, o desafio de uma cultura individualista e mercantilista, baseada na produção e no consumismo», acrescenta.

«Infelizmente, temos um conceito errado de liberdade, entendida como uma autonomia fechada em si mesma; privilegiam-se outras formas de convivência que ofuscam o valor da família, baseada no matrimónio de um homem e de uma mulher».

«Colocar-se ao serviço da transmissão da vida e da educação dos filhos se faz hoje muito difícil. Com esta mentalidade errada, muitas vezes se difundem – sem um amplo consenso social e sob o impulso de pequenos mas activos grupos de pressão fortemente ideologizados e de grandes recursos económicos – leis que permitem, com muita facilidade, o aborto, assim como o divórcio rápido e a eutanásia. Responder a estes desafios é uma obrigação moral, mas também difícil».

A Igreja, acrescenta, «está a realizar um grande esforço de evangelização para apoiar as famílias cristãs em seus valores, estimulando-as para empreender uma ampla estratégia de promoção de defesa da vida desde a concepção até a morte natural e dos direitos da família, inclusive no âmbito político, cultural, económico e social».

«Graças a Deus – conclui o comunicado distribuído aos jornalistas – nos últimos anos surgiram numerosas iniciativas, tanto eclesiais como civis, ao serviço da família: grupos, movimentos, associações ao serviço da pastoral familiar, institutos de formação em bioética, associações civis e redes que apoiam todo este trabalho».

Fonte: zenit.org

ANEL DA PUREZA

Circula na internet uma matéria com o titulo acima, publicado na imprensa (Dolores Orosco, G1, São Paulo). Ídolos pop levantam a bandeira da virgindade e fãs adotam 'anel da pureza', como símbolo da abstinência sexual até o casamento. Os Rapazes do Jonas Brothers, Miley Cyrus, atriz de 'Hannah Montana', o trio Jonas Brothers, usam o anel.
Por exemplo, o estudante paulistano Paulo Sérgio dos Santos, de 18 anos, fã dos irmãos americanos Kevin, Joe e Nick - os Jonas Brothers - resolveu adotar a idéia e afirma: "O anel é discreto, mas tem um significado especial. Sempre planejei me guardar para a mulher certa".O "anel da pureza" surgiu nos Estados Unidos, em 1994, na cidade de Baltimore, capital do estado de Maryland, Estados Unidos, com o programa "True Love Waits" (Quem ama, espera!) , que prega a abstinência sexual até o casamento.
O projeto percorre escolas e instituições ligadas à juventude; começou na Igreja Batista e depois foi adotado por diferentes crenças em mais 13 países. Segundo Jimmy Hester, coordenador do TLW, cerca de 3 milhões de jovens fazem parte do programa. "Esse é o número que temos documentado. Durante as palestras, alguns adolescentes assinam nosso acordo de adesão", diz. No início, a organização lançou uma pulseira de plástico para simbolizar a filosofia. Depois o acessório foi trocado por um pingente de prata, mas só ganhou popularidade com o "anel da pureza" - acessório que pode ser usado por meninas e meninos. "Não fabricamos mais a jóia. Atualmente há inúmeras instituições que as vendem e alguns jovens preferem desenvolver seu próprio anel", diz Hester.
O pacto que assumem diz o seguinte: "Acreditando que o verdadeiro amor espera, eu me comprometo diante de Deus, de mim mesma, minha família, meu namorado, meu futuro companheiro e meus futuros filhos a ser sexualmente pura até o dia em que entrar numa relação de casamento" (Jornal do Brasil, Ana Maria Mandin, 12/03/94).Nos Estados Unidos, o TLW é alvo de críticas, o que não é de se espantar num mundo onde o que tem valor é o "politicamente correto", muitas vezes imoral.
Alguns especialistas acreditam que estes jovens ainda não têm maturidade para optar pela abstinência. Mas o coordenador discorda. "Acredito que os críticos não dão crédito suficiente para a nossa juventude. Quando os moços são conscientizados sobre as conseqüências físicas, emocionais e espirituais que uma vida sexual ativa engloba, eles se tornam capazes de tomar a decisão correta".
É lamentável que alguns "especialistas" pensem que a juventude só é capaz de aderir ao vício e ao pecado, e não à virtude. A ginecologista Albertina Duarte Takeuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, considera a opção pela virgindade "válida" e acha positivo que o tema venha à tona graças aos ídolos do pop. "Todo adolescente acha que suas verdades são absolutas. O importante é respeitá-lo em seus valores e manter um canal de diálogo aberto", defende.O coordenador do TLW diz "celebrar" o fato de que artistas famosos preguem a castidade. "Ficamos satisfeitos com a postura dos Jonas Brothers. Mas ela é tão importante quanto a do garoto que vive numa comunidade rural e passa a idéia adiante", compara Hester.
Certamente alguns jovens poderão usar o anel mais como moda que para eles pode ser passageira, mas é certo que muitos o usarão com convicção e poderão estimular muitos outros a viverem a beleza da virtude da castidade. A lei de Deus manda não pecar contra a castidade. Este exemplo do TLW não é único, e mostra o renascer da castidade. Quando o Papa João Paulo II esteve nas Filipinas, em janeiro de 1995, houve uma concentração de 4 milhões de pessoas para participar da missa que ele celebrou em Manilha; nesta ocasião um grupo de 50.000 jovens entregou ao Papa um abaixo assinado se comprometendo a viver a castidade. Ela é a virtude que mais forma homens e mulheres de verdade, de acordo com o desejo de Deus, e os prepara para constituir famílias sólidas, indissolúveis e férteis.
É preciso, portanto, que nós cristãos, tenhamos coerência e coragem para transmitir aos jovens esses valores, que são divinos e eternos. O remédio principal que a nossa sociedade doente precisa é de uma escala de valores condizente com a dignidade humana, sob pena de nos igualarmos aos animais. O homem não é apenas um corpo; tem uma alma imortal, criada para viver para sempre na glória de Deus. Isto dá um novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos apenas com o prazer sexual passageiro. Fomos feitos para o Infinito, e só em Deus satisfaremos plenamente as nossas tendências naturais.
Já é hora de voltarmos a falar aos jovens, corajosamente, sobre a importância da castidade e da virgindade. Também nós católicos estivemos muito tempo "encolhidos" de medo de um mundo neo-pagão que ri da castidade e da pureza da alma. Não há, sem dúvida, melhor preparação para o casamento e para o futuro, do que viver a castidade na juventude.
Precisamos mostrar aos jovens que para haver a castidade de atos, é necessário haver antes a castidade de pensamentos, palavras e desejos. É preciso, corajosamente, desafiá-los a dizer não a toda prostituição, pornografia, filmes eróticos, moda excitante, etc. É preciso mostrar-lhes que cada corpo humano é templo do Deus vivo que ali habita pelo seu Santo Espírito (1Cor 3,16; 6,19).
Infelizmente a pregação da Igreja, com poucas exceções, arrefeceu diante do avanço da imoralidade, e, por isso, ela grassou rapidamente. Muitos e muitos jovens se separam com poucos anos de casamento, porque não exercitaram a sua vontade na luta árdua da vivência da castidade.
Quanto às críticas, paciência! O Senhor disse: "Felizes sereis quando vos caluniarem; quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus…" (Mt 5,11-12).
Prof. Felipe Aquino
Recolha de António Ferreira

BENTO XVI DEDICA SUA ÚLTIMA REFLEXÃO DE 2008 AOS JOVENS

Pede que não tenham medo de se opor à mentalidade hedonista actual


CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 1 de Janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O Papa Bento XVI dedicou aos jovens suas últimas reflexões de 2008, durante a celebração das Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus e o solene Te Deum, de acção de graças.

O Papa quis dedicar aos jovens, da mesma forma que na Noite de Natal falou sobre as crianças, esta última reflexão do ano, e lhes pediu que não tenham dúvida em escolher um «estilo de vida que não siga a mentalidade hedonista actual».

«A sociedade necessita de cidadãos que não se preocupem só com seus próprios interesses, porque, como recordei no dia de Natal, 'o mundo irá à ruína se cada um pensar só em si mesmo'», afirmou o Papa.

Por outro lado, pediu-lhes generosidade na hora de responder à chamada divina, a não ter medo da tarefa apostólica que o Senhor lhes confia. «As crescentes necessidades da evangelização requerem numerosos trabalhadores na vinha do Senhor: não tenhais dúvida em responder-Lhe com prontidão se Ele vos chama».

«O Espírito Santo vos assegura a força necessária para dar testemunho da alegria da fé e da beleza de serem cristãos», acrescentou.

Dirigiu-se também aos pais dos jovens, e pediu que dêem testemunho às novas gerações «da alegria que brota do encontro com Jesus, o qual, nascendo em Belém, não veio tirar-nos algo, mas para dar-nos tudo».

Os jovens, explicou o Papa, levam em seu coração a pergunta sobre o sentido da existência humana, e louvou uma iniciativa realizada na diocese de Roma por grupos de pais que «buscam novos caminhos para ajudar os próprios filhos a responder às grandes questões existenciais».

Enfrentar os desafios actuais

Em sua saudação também à diocese de Roma, o Papa reforçou a necessidade de «formar agentes pastorais» que «possam enfrentar os desafios que a cultura moderna apresenta à fé cristã».

Convidou especialmente a responderem «à actual situação de emergência educativa», mediante uma maior presença nesse campo, e especialmente, mediante uma sinergia maior entre as famílias, a escola e as paróquias para uma evangelização profunda e para uma animada promoção humana, capazes de comunicar ao maior número de pessoas possível, a riqueza que brota do encontro com Cristo».

«O encontro com Cristo, vocês sabem bem, renova a existência pessoal e ajuda-lhes a contribuir na construção de uma sociedade justa e fraterna. É por isso que, como crentes, podemos dar uma grande contribuição também para superar a actual emergência educativa», acrescentou, precisamente porque «a presença de Cristo é um dom que devemos saber partilhar com todos».

«A presença de numerosas e qualificadas instituições académicas em Roma e as muitas iniciativas promovidas pelas paróquias nos fazem ver com confiança o futuro do cristianismo nesta cidade».

Reflectindo também sobre o significado da solenidade de Maria Mãe de Deus, o Papa explicou que «a própria Virgem nos recorda que grande presente nos fez Jesus com seu nascimento, que precioso tesouro constitui para nós sua Encarnação».

«Vindo ao mundo, o Verbo eterno do Pai nos revelou a proximidade de Deus e a verdade última sobre o homem e sobre seu destino eterno; veio ficar connosco para ser nosso apoio insubstituível, especialmente nas inevitáveis dificuldades de cada dia», acrescentou.

Ao mesmo tempo, convidou os fiéis a agradecerem pelo ano que se encerra, em louvor e acção de graças «Àquele que nos dá o dom do tempo, oportunidade preciosa de fazer o bem; unamos o pedido de perdão por talvez não o ter empregado sempre de maneira útil».

O Papa concluiu que no Natal «Jesus vem oferecer sua Palavra como lâmpada que guia nossos passos; vem para oferecer-se a si mesmo e d´Ele, nossa esperança certa, devemos saber dar razão de nossa existência quotidiana, conscientes de que somente no mistério do Verbo encarnado encontra verdadeira luz o mistério do homem».

Fonte: zenit.org




Recolha de António Ferreira